terça-feira, fevereiro 22, 2005

Desculpas

Ando sem tempo para ditos, desditos e afins.

Vocês devem estar a pensar "desculpas, desculpas...", mas é a mais pura das verdades! O exame de violino está feito, mas ainda me resta entregar 3 trabalhos, uma PAP (prova de aptidão profissional), uma série de testes, uma prova para solista com orquestra e um exame de música de câmara, já para não falar da audição de hoje à noite. E agora, convenci-vos?

Está certo que sou uma preguiçosa e deixo sempre tudo para a última, mas o que posso eu fazer? Está-me no sangue!

Quando voltar, vou tentar voltar em grande. Note-se: TENTAR!

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

O que os testes dizem da miúda...

Fui ao blog da Ameixa e não resisti à tentação...



Que coisa meiga você é?


heartsick
You have a heartsick soul! Youre the type of girl
who always has a crush and is writing their
name on all your books. You are a hopeless
romantic. Waiting for that prince charming, you
take love seriously, but still play any chance
you get. You can have a lot if boys who are
friends, but waiting for that perfect
boyfriend. Sometimes you are discouraged
because there are no sparks but even if the
smallest thing happens, youre on Cloud 9. You
believe in true love and wait for it. Just dont
be afraid to take a chance. Love is all about
risks.


What Kind of SOUL do you posses? (For Girls only) Incredible Anime Pictures!


Heaven
You came from heaven. Your gole in life is to help
others and to make the world a better place.
Some call you weak, but in reality your soul is
very strong. If only more people were like
you...

Where did you come from?



magic
Your a Magical Angel!Out of all the angels, you are
the one most afflicted with magic. You can do
many enchantments as well as sorcery. You cant
do black magic, because even though your not so

What Kind of ANGEL are you? (For Girls only) This Quiz has amazingly Beautiful Pictures!

gurad
Your a guardien Unicorn! All guardien Unicorns are
very powerful and loyal, but they dont like to
get caught up in human things, such as love or
friendship. They guard all sorts of things or
people, such as forests, animals, royalty,
shrines, the heavans. Guradien Unicorns are
kind and proud and their horn can be crafted
into an unbreakable sword. But you'll go
through hell to get one...

What kind of Unicorn are you? (With beautiful pictures)

E pronto! Já sei que alguns resultados são mais ou menos contraditórios, mas foi o que deu e eu não tenho nada a ver com isso! Diverti-me! Já sei que há por ali um texto incompleto, mas era assim mesmo que estava no site.




terça-feira, fevereiro 15, 2005

PETA

Se digo que acordo feliz porque sei que te vou ver, é PETA.
Se digo que gosto de estar contigo, é PETA.
Se digo que me fazes bem, é PETA.
Se digo que é um prazer tocar contigo, é PETA.
Se digo que conversar contigo me transforma, é PETA.
Se digo que me apetece um beijo teu, é PETA.
Se digo que o teu cheiro é bom, é PETA.
Se digo que tenho vontade de te dar um abraço apertado, é PETA.
Se digo que me preocupo contigo, é PETA.
Se digo que te quero fazer feliz, é PETA.
Se digo que tenho medo de te perder, é PETA.
Se digo que és a melhor parte do meu mundo, é PETA.
Se digo que quero ficar para sempre contigo, é PETA.
Se digo que te amo, é PETA.

E não duvides do que eu digo, Porque Eu Te Amo.

Dia dos Namorados

E pronto! O Dia dos Namorados, ou Dia de S.Valentim, passou. Para o ano há mais, que isto é como o Carnaval. Ou talvez seja como o Natal e o Dia dos Namorados seja quando os namorados quiserem. Esta segunda hipótese soou-me particularmente bem.

Mas voltando ao Dia dos Namorados marcado, tenho que reconhecer que nunca dei grande importância à comemoração. Quando andava na escola primária, nem sei se sabia da sua existência! Mais tarde, na "escola dos grandes", já se trocavam cartas. Sim, cheguei a escrever uma. Agora que penso nisso, até me espanto a mim própria, porque me estou a lembrar que a escrevi em verso, com rimas e tudo, coisa a que não sou muito dada. Também fui alvo de algumas declarações mais ou menos entusiásticas, mas nunca lhes dei o valor que talvez até merecessem.

Ontem, pela primeira vez, senti este dia de uma forma especial. Neste último dia 14 de Fevereiro, que vem em tantos calendários e agendas assinalado com um coração vermelho, levei um abanão. Percebi que precisamos de estar realmente apaixonados para nos sentirmos merecedores de tanta festa. Era isso que me faltava e que agora tenho. É isso que desejo para todos os que ainda não descobriram o Dia dos Namorados.

Para o Luís, um beijo, por ser O Namorado.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Todos os dias

Ela não sabia o que era estar apaixonada.

Via-o todos os dias, saudava-o todos os dias, tocava-lhe todos os dias e sorria-lhe todos os dias. Conversava com ele todos os dias, brincava com ele todos os dias, soltava gargalhadas sonoras com ele todos os dias. Partilhavam segredos, dúvidas e certezas todos os dias.

E ela tinha vontade de trocar carinhos com ele todos os dias, de lhe dar as mãos todos os dias e de o abraçar todos os dias. Ela sentia as pernas a tremer quando o avistava, sentia o coração bater mais e mais depressa quando ele se aproximava e conseguia ver a luz que ele irradiava quando aparecia.

Era assim todos os dias. Mas ela não sabia que estava apaixonada, porque não sabia o que era estar apaixonada. Até que um dia...

domingo, fevereiro 06, 2005

Tu em mim

Talvez nunca venha a saber exactamente quando é que entraste na minha vida.

Apareceste discretamente e acompanhou-me durante algum tempo a tua silhueta indefinida. Então, sem que eu pudesse evitar, invadiste um momento demasiado meu, em que eu estava demasiado segura de mim, até demasiado cega para te ver. Abriste-me os olhos e acordaste-me de um pesadelo inacabado. Tomaste-me e deixaste a descoberto as tuas linhas e contornos, as tuas formas e as tuas cores. Apoderaste-te, sem pedir licença, do meu pensamento, da minha alma, do meu coração.

Se hoje sou tua, é porque me prende a ti uma força avassaladora da qual já não tento fugir. E, por me teres roubado só para ti, não encontro mais do que uma punição: amar-te para sempre.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

O dia em que decidi morrer

Um dia decidi que ia morrer.

Não que estivesse demasiado velha, não que tivesse uma vida difícil, nem sequer problemas de saúde ou de dinheiro. Mas decidi que ia morrer, consciente de que as decisões importantes só podem ser tomadas uma única vez.

Penso que toda a gente já acordou com a sensação de estar a mais no mundo. Foi essa sensação que tive no dia em que me preparei para dizer adeus à vida. Saltei da cama, tomei, pela primeira vez em muitos anos, um banho de água fria, vesti uma roupa confortável e saboreei com prazer uma torrada regada em manteiga e um copo de leite morno.

Gritei à minha mãe um "até logo" e saí de casa apenas com a chave do carro na mão. Guiei calmamente até me cansar e acabei por estacionar o carro em frente a uma loja de brinquedos. Entrei, observei em silêncio todas as bonecas, carrinhos e peluches. Antes de sair, sorri ao velhinho que estava sentado atrás do balcão, a ler um jornal desportivo, mas apercebi-me de que tinha sido em vão, porque ele nunca levantara a cabeça desde que eu ali tinha chegado.

A chave já estava na ignição quando, de repente, me deu vontade de passear um pouco a pé. Caminhei sempre pelo lado esquerdo da estrada de alcatrão, como me ensinaram na escola primária, sem pensar em nada. Uma senhora muito gorda passou do outro lado da rua em direcção oposta e eu cumprimentei-a, embora me fosse totalmente desconhecida. Não sei quanto tempo andei naquelas ruas estreitas, sem passeio, com casinhas pequenas em cima da estrada. Sei que fiquei com fome e voltei para trás.

Procurei o porta-moedas que costumo deixar no porta-luvas e conduzi em busca de um sítio onde pudesse almoçar. Encontrei algures um supermercado e lá comprei um pão, uma fatia de queijo, uma fatia de fiambre, um sumo e uma maçã. Comi devagar, ao som de uma cassete de um cantor francês. Quando acabei, recostei o banco e adormeci.

Acordei a meio da tarde, sobressaltada, com um homem a bater furiosamente no vidro do lado do passageiro. Estava estacionada em frente a uma garagem e nem tinha reparado! Desculpei-me como pude e segui até à praia. Era Inverno, fazia muito vento. A praia estava deserta. Despi-me e aventurei-me no mar que não estava nada calmo. Não tive receio, sabia que nada me ia acontecer. Devo ter ficado dentro de água mais de uma hora, porque quando saí o sol já parecia querer descansar. Sequei-me com a t-shirt que vestia por baixo da camisola de lã.

Já estava escuro quando toquei à campainha de casa do Guilherme. Ele fez cara de espanto ao ver-me. Depois de um beijo, convidou-me para jantar. Recusei, dizendo que só tinha passado para lhe dizer que o amava e que ia estar sempre com ele. Não esperei por perguntas e apertei-o num abraço. Outro beijo. Virei costas e olhei uma última vez pelo retrovisor para a sua expressão embevecida.

Fui para casa, jantei com a família e deitei-me. Antes de adormecer, agradeci a Deus por me ter oferecido uma vida maravilhosa. Na manhã seguinte, não acordei. Os médicos chamaram-lhe "paragem cardíaca". Eu chamo-lhe fim.