sexta-feira, setembro 30, 2005

Para sempre

No dia em que comemoramos mais um mês de alegrias e tristezas partilhadas, deixo aqui gravado o que me passa pela alma.


Ainda não tinha começado e eu já sabia que era para sempre...

Para sempre terei a tua voz a ecoar nos meus ouvidos.
Conversas banais, frases simples, brincadeiras, elogios, palavras bonitas...

Para sempre sentirei o teu cheiro.
Na minha roupa, na minha almofada, na minha pele, nos locais por onde passaste um dia...

Para sempre verei a tua imagem ao fechar os olhos.
A subir as escadas da escola, a sorrir com alguma malícia, a caminhar para mim ou para longe de mim...

Para sempre recordarei o teu carinho.
Os beijos, os abraços acolhedores, os mimos, a doçura com que resolves as nossas desavenças...

Para sempre serei tua.
E, mesmo que queiras sair da minha vida, não deixarei que a tua vida saia de dentro de mim.

quarta-feira, setembro 28, 2005

3 meses depois...

E o tempo passa sem querer. Ou talvez passe sem que eu queira.

Há 3 meses atrás, completava uma das fases mais importantes da minha vida profissional. Há 3 meses atrás, recebia a notícia que ficou congelada na minha alma. E muito me orgulho de ter conseguido lidar da melhor forma que pude com estes dois episódios que a sorte escolheu destinar para o mesmo dia.

Durante umas horas esqueci a conversa de autocarro e as notícias no telejornal, coloquei uma máscara de felicidade inocente de quem não sabe o que se passa, ou de quem julga viver dentro dos contos de fadas, porque nos contos de fadas o herói nunca morre. (Talvez por isso tenha congelado eternamente a esperança de te encontrar um dia no instituto de inglês ou naquele bar minúsculo a beber uma caipirinha...)

E acordei no dia seguinte com aquela sensação de missão cumprida, quase acreditando que tudo ia correr bem, até que tudo já estaria bem sem que eu ainda o soubesse. Mas os telejornais invadiram o meu conto de fadas e transformaram a realidade nua e crua em conversa de autocarro. E, por momentos - mas só por momentos -, desci involuntariamente do meu mundo perfeito ao banco do autocarro, tirei os óculos de sol da carteira e não consegui evitar uma ou outra lágrima que insistiram em fazer parte de uma história que afinal é de gente e não de fadas.

Já sonhei contigo, já te vi sentado à mesa que tu mesmo ajudaste a construir, já usei o teu nome vezes sem conta para não deixar que te esqueçam, já recordei mil vezes tudo aquilo que me ensinaste e tudo aquilo que sei que desejas a quem ficou.

Encontramo-nos qualquer dia por aí, talvez num desses mundos perfeitos...