João
Quando eu andava no 7º ano, lá por volta dos meus 12 anos, aconteceram muitas coisas. Mudei de escola, embora a minha turma se tenha mantido, a minha mãe foi trabalhar pela primeira vez fora de casa, veio-me a primeira menstruação, e fiz um amigo especial. O seu nome era João.
O João era o namoradito de uma colega minha e, inicialmente, eu até o achava um parvalhão. Um ano mais velho do que eu, mas já com um físico desenvolvido, julgava-se dono do mundo. Se bem que o mundo dele se resumia à escola... Adiante, o João era o "salta-pocinhas", por ser magro e de pernas compridas. Quem o apelidou foi a Tucaiana, da minha turma, que sempre fez considerações acertadas acerca das pessoas que conhecia mal.
Foi durante o namorico dele com a minha colega que nós nos aproximamos. Daí a pouco tempo passávamos os intervalos juntos. A primeira mensagem escrita que recebi foi dele, nem eu sabia que isso existia! Fomos construíndo uma amizade da qual me recordo com orgulho. Quando ele mudou de casa e passou a morar a 200 metros de mim, fiquei radiante! Nas férias, ele pedia-me para o acordar cedo e íamos dar a nossa voltinha quase todos os dias. Quando ele pedia à mãe para o levar a algum lado, ela perguntava logo se era comigo que ele ia ter. Éramos mesmo como irmãos, ou pelo menos era assim que eu o sentia.
Só que o João sempre foi muito influenciável. E eu sempre fui muito "certinha". Ora, quando ele se começou juntar à "malta da pesada", quis entrar na onda do tabaco e dos "charros". Eu, como miúda cheia de princípios, ameacei-o para que não entrasse por esse caminho, ou então podia deixar de contar com a minha amizade. É lógico que, se fosse hoje, eu não teria posto o problema desta forma, mas naquela altura foi o que se sucedeu.
A entrada do novo ano lectivo foi um tanto ao quanto trágica. O João só andava com aquele grupo de rapazes estranho que passava os intervalos a fumar às escondidas. Ignorava-me, praticamente! E eu, típica rapariga de 12 anos, enviei-lhe uma mensagem escrita a mandá-lo "para o Inferno" com "os novos amigos". A amizade já tinha sido perdida algures.
Há quem diga que os verdadeiros amigos são para sempre. Eu acredito que, durante algum tempo, eu e o João tenhamos sido verdadeiros amigos e é uma recordação que não quero perder.
O João era o namoradito de uma colega minha e, inicialmente, eu até o achava um parvalhão. Um ano mais velho do que eu, mas já com um físico desenvolvido, julgava-se dono do mundo. Se bem que o mundo dele se resumia à escola... Adiante, o João era o "salta-pocinhas", por ser magro e de pernas compridas. Quem o apelidou foi a Tucaiana, da minha turma, que sempre fez considerações acertadas acerca das pessoas que conhecia mal.
Foi durante o namorico dele com a minha colega que nós nos aproximamos. Daí a pouco tempo passávamos os intervalos juntos. A primeira mensagem escrita que recebi foi dele, nem eu sabia que isso existia! Fomos construíndo uma amizade da qual me recordo com orgulho. Quando ele mudou de casa e passou a morar a 200 metros de mim, fiquei radiante! Nas férias, ele pedia-me para o acordar cedo e íamos dar a nossa voltinha quase todos os dias. Quando ele pedia à mãe para o levar a algum lado, ela perguntava logo se era comigo que ele ia ter. Éramos mesmo como irmãos, ou pelo menos era assim que eu o sentia.
Só que o João sempre foi muito influenciável. E eu sempre fui muito "certinha". Ora, quando ele se começou juntar à "malta da pesada", quis entrar na onda do tabaco e dos "charros". Eu, como miúda cheia de princípios, ameacei-o para que não entrasse por esse caminho, ou então podia deixar de contar com a minha amizade. É lógico que, se fosse hoje, eu não teria posto o problema desta forma, mas naquela altura foi o que se sucedeu.
A entrada do novo ano lectivo foi um tanto ao quanto trágica. O João só andava com aquele grupo de rapazes estranho que passava os intervalos a fumar às escondidas. Ignorava-me, praticamente! E eu, típica rapariga de 12 anos, enviei-lhe uma mensagem escrita a mandá-lo "para o Inferno" com "os novos amigos". A amizade já tinha sido perdida algures.
Há quem diga que os verdadeiros amigos são para sempre. Eu acredito que, durante algum tempo, eu e o João tenhamos sido verdadeiros amigos e é uma recordação que não quero perder.
7 Comments:
ola:) passei por aqui e decidi ler um poukinho do teu blog... lembrei-me de mim mesma aos 12 anos quando li o teu texto... nao é uma boa imagem, mas serviu para ver k estou bem melhor agora.. mais tolerante. sempre muito certinha também e todos os que me rodeavam tinham que ser certinhos igualmente... agora aprendi a aceitar os outros... desde as diferenças possam ser ultrapassadas
bêjito e continua com o blog k me axei fixe:)
É... os amigos vêm e vão.. mas isso não quer dizer que não os guardemos bem guardadinhos no nosso coração.
É triste qd um amigo escolhe um caminho negro, espero que mais tarde ele mude a história da vida dele e procure um caminho mais colorido.
Bjs e sorrisos, adorei a surpresa.
Eia!
Aquando a adolescência, a nossa imaturidade, a percepção de que o Mundo gira à nossa volta e dos nossos princípios, a nossa incapacidade de lidar com as escolhas (certas ou erradas!) que os outros tomam, acabam por nos fazer tomar atitudes que hoje, muito provavelmente, não tomaríamos... isso é crescer! Recordáste o João de uma forma bela... e isso é (também!!) uma forma de mostrar que ele foi importante para ti!
Jinhus
Grande surpresa...!!!
Fico feliz por teres voltado.Vou seguir o que tiveres para nos dizeres e contares com toda a atenção.
Gostei de ler esta recordação do teu amigo João.
Só o facto de escreveres este post demonstra que ainda sentes uma verdadeira amizade por ele,embora pelo que percebi nem saibas noticias dele.
Isso é a prova de que realmente quando sentimos amizade por alguém é mesmo para sempre.
Com o passar do tempo aprendemos que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distancias.
A amizade não se vê nos "grandes" gestos, nas grandes atitudes corajosas na defesa de quem gostamos.A amizade muitas vezes expressa-se em atitudes julgadas por nós "pequenas" como por exemplo: distanciar-mo-nos quando percebemos que o passo seguinte precisa ser dado pela própria pessoa de que gostamos.
Parece-me que foi isto que fizeste.
Um grande beijinho.
Ai, eu estava esperando um final feliz na história, acredita? Mas é bom que o mantenha na recordação. Tão triste quando amizades bonitas se acabam...
Ainda bem que decidiste continuar.
Sobre o teu post so tenho a dizer que embora as vezes as amizades terminem assim "do nada", ficam sempre essas boas recordacoes que trazem saudades e fazem relembrar, mas "tudo acontece por uma razao".
Ela - http://escritoadois.blogspot.com
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